Mercado imobiliário

Startups imobiliárias (proptech): como se adaptar à nova realidade digital

As alterações no mercado imobiliário acontecem de forma mais lenta por ser um setor mais tradicional. No entanto, as startups imobiliárias, ou proptechs, são empresas focadas nessa área que estão recebendo investimentos e trazendo diversas mudanças.

Além disso, a pandemia do coronavírus provocou muitos impactos no segmento imobiliário. Com isso, o cenário fica ainda mais desafiador para os profissionais, sendo gradualmente dominado pela tecnologia e pelo dinamismo. Portanto, é fundamental que os corretores estejam preparados para o futuro e todas as transformações que ainda estão por vir.

Continue lendo e veja como se adaptar à nova realidade digital no setor imobiliário!

Entenda o que são as startups imobiliárias (proptech)

Atualmente, existem novas formas de nos relacionarmos e fazermos negócios. Isso porque a tecnologia se tornou parte do nosso dia a dia, possibilitando uma comunicação mais fácil e rápida. Dito isso, as imobiliárias também experimentam essas mudanças.

Nos últimos anos, o termo proptech aparece muito nos assuntos relacionados a essa área. Basicamente, ele significa Tecnologia de Propriedade e trata-se da relação do setor imobiliário com soluções tecnológicas modernas. Outras expressões relacionadas à tecnologia nas organizações incluem as greentechs, construtechs e fintechs, sendo a última a mais conhecida.

O modelo de negócio

As startups imobiliárias criam modelos de negócios nesse segmento e oferecem ferramentas inovadoras para os profissionais. Geralmente, as proptechs atuam na área de gestão, uso e comercialização de imóveis. Algumas das tecnologias utilizadas por elas são:

  • inteligência artificial;
  • machine learning;
  • internet das coisas (IoT);
  • blockchain;
  • programas de gestão.

A partir disso, essas empresas oferecem serviços de administração, aquisição e venda de propriedades. Ainda, elas promovem muitas vantagens para quem conta com seus recursos, como redução de custos, melhoria nos resultados e otimização dos processos. Desse modo, os clientes também são beneficiados com uma melhor experiência de compra, mais conforto e economia.

Conheça alguns aportes financeiros feitos nas proptechs

Hoje, há mais de 200 startups imobiliárias que trazem contribuições importantes para o setor. No ano passado, de acordo com o Mapa das Construtechs & Proptechs Brasil 2021, as proptechs e construtechs cresceram 23% em comparação com o ano de 2019. Diante disso, esse setor está em constante evolução e crescimento. Ao comparar as vendas de imóveis residenciais novos no país entre 2019 e 2020, o avanço foi de 9,8%.

Algumas dessas startups imobiliárias

A proptech Quinto Andar, é uma plataforma online que iniciou os seus serviços com foco em aluguéis de imóveis, mas desde o ano passado também atua na compra e venda. Em 2021, ela recebeu um aporte de US$ 300 milhões. Com isso, o seu valor no mercado chega a US$ 4 bilhões, sendo considerada a segunda maior startup do Brasil.

Já a Loft, outra companhia que foca em digitalizar aluguel, financiamento e compra de propriedades, captou um aporte de US$ 425 milhões. Durante a pandemia, a unicórnio investiu na compra online e imóveis. Isso gerou bons resultados, o que fez a empresa ampliar a quantidade de unidades disponíveis em seu site. Outro objetivo do investimento é melhorar e criar funcionalidades que otimizem a experiência dos compradores e vendedores na plataforma.

Outras startups imobiliárias em ascensão são a Yuca e a Housi, que apostam no conceito de moradia mais flexível. A Housi, por exemplo, reúne propriedades de outras construtoras, os contratos duram até 12 meses e são reajustados conforme a oferta e demanda.

Nesse contexto, as startups imobiliárias promovem uma revolução digital no mercado imobiliário. Contudo, em uma área pouco acostumada com inovações, é preciso atentar e se abrir para novas tendências. Afinal, quem sobrevive no mercado são aqueles negócios que se adaptam melhor e mais rápido ao comportamento do consumidor e às novidades.

Veja como as startups imobiliárias antecipam tendências nesse setor

A pandemia do coronavírus impulsionou diversas tendências, obrigando muitas imobiliárias tradicionais a acelerar a adoção de novas tecnologias e sua digitalização. Dessa forma, foi possível impulsionar novos negócios, como as proptechs, e facilitar a adaptação às regras do distanciamento social.

Além disso, o isolamento social provocou restrições nos atendimentos presenciais, o que levou essas empresas a criarem um ambiente virtual adequado para vendas e visitas de imóveis. No entanto, o maior desafio para os corretores é proporcionar aos usuários e clientes a mesma experiência que uma visita presencial nas propriedades proporciona.

Nesse contexto, muitas imobiliárias investiram em ferramentas tecnológicas a fim de proporcionar um tour virtual completo para os visitantes, por exemplo. Assim, é possível evitar muitas visitas em uma propriedade, poupar tempo com deslocamentos, garantir a segurança dos clientes e otimizar a tomada de decisão.

Outras startups imobiliárias apostam na inteligência artificial para precificação de imóveis, que é o caso do Quinto Andar e da Loft. Essas empresas revolucionaram a relação de consumo no mercado imobiliário. A primeira, por exemplo, afirma que usa a tecnologia para proporcionar uma experiência online e segura em todas as etapas do processo de venda e aluguel.

Descubra quais são as mudanças no mercado imobiliário e como se adaptar

Citamos algumas tendências do setor imobiliário, mas também é preciso conhecer as principais mudanças para o futuro dessa área. A partir disso, os profissionais conseguem adaptar os seus negócios e melhorar seus resultados. Acompanhe algumas dessas transformações e saiba como se adequar!

  • Perfil do cliente

Antigamente, as pessoas encontram imóveis na rua e ligavam para a imobiliária responsável pela negociação. Hoje, muitas dessas empresas não fecham mais negócios dessa maneira. Isso se deve a mudança de comportamento do consumidor.

O perfil muda a cada geração. A geração Z, por exemplo, nasceu praticamente com tables e celulares nas mãos, além de serem indivíduos desapegados e usuários frequentes das redes sociais. Portanto, em uma sociedade conectada, é fundamental que as imobiliárias também se adaptem a essas mudanças e tendências.

  • Coworking

Os espaços de coworking são cada vez mais utilizados por profissionais e empresas, principalmente em decorrência do home office, adotado no início da pandemia. Nesse cenário, os escritórios ficaram vazios e as organizações precisaram readaptar o espaço de trabalho.

Para isso, muitas delas recorreram ao coworking. Segundo uma avaliação da GoWork, esse setor “cresceu dez anos em doze meses”. Basicamente, muitos negócios buscaram esse método como uma solução para o modelo híbrido de trabalho. A partir disso, quem opta por esse tipo de locação obtém muitas vantagens, como os prazos e os custos.

  • Sustentabilidade

A pandemia também gerou uma crise financeira no país que fez com que muitas pessoas consumissem apenas o necessário no dia a dia. Isso levou a uma natural economia de recursos. Essa mudança refletiu em indivíduos mais conectados com a natureza, áreas verdes, o sol e o ar livre.

Portanto, esses novos interesses geram a necessidade das imobiliárias investirem em ambientes sustentáveis e verdes a fim de proporcionar um espaço agradável ao cliente.

  • Home Office

Outro fator que o distanciamento social impulsionou foi o home office. Nesse período, 46% das empresas adotaram esse modelo de trabalho em 2020. Muitos negócios já migravam para o formato, mas, com a pandemia, houve um salto nesse número.

Diante disso, inicia-se uma transformação nos espaços de casas e apartamentos. Afinal, os profissionais precisam trabalhar em locais confortáveis e que não tenham muitas distrações. Portanto, imóveis com escritórios e ambientes voltados para o trabalho também são desejos desse público.

  • Presença digital

Com a transformação digital, é fundamental que os corretores se atualizem e prestem atenção em quem são seus clientes. Isso ajuda a identificar o comportamento do seu público e aplicar estratégias que atendam às suas necessidades.

Nesse momento, o principal ponto para as imobiliárias é marcar presença nos canais digitais. Isso porque o uso da internet está cada vez mais comum na vida das pessoas e dos negócios. Além disso, estar presente no ambiente digital permite que as empresas melhorem suas vendas, alcancem mais clientes e facilitem as transações.

Dessa forma, é possível facilitar a visitação online de imóveis de modo que as pessoas visualizem as propriedades no conforto de suas casas. Com alguns cliques, elas têm acesso a fotos, vídeos e outras informações a respeito do local que pretende comprar ou alugar.

  • Novas tecnologias

Diferentes tecnologias já surgem ao redor do mundo e um ponto muito importante é se adaptar a elas. Por exemplo, o sistema financeiro, atualmente, sofre diversas mudanças, principalmente com o aparecimento das criptomoedas. Contudo, isso também impactará o mercado imobiliário, tanto nas relações de contratos como nas formas de pagamentos.

Um exemplo disso são contratos realizados em blockchain, sistemas mais seguros e que evitam fraudes. Em breve, esse recurso poderá ser utilizado pelas empresas do segmento imobiliário. Hoje, contamos com a inteligência artificial facilitando diversos processos nos setores do mercado. Além dela, também temos a realidade virtual e aumentada, e a impressão 3D.

  • Tour Virtual

As visitas online em imóveis são realizadas por meio de ferramentas de realidade virtual. Nesse caso, as imagens do local são capturadas com uma câmera 360, inseridas em uma plataforma especializada, que cria um passeio virtual. Desse modo, os clientes são capazes de visualizar todos os detalhes de um espaço.

Nesse caso, eles podem avaliar diferentes propriedades e tomar sua decisão sem saírem de casa. Depois, é só marcar uma visita com o corretor para verificar condições mais específicas e fazer sua escolha.

Agora que você conhece um pouco sobre as startups imobiliárias e como elas revolucionaram esse mercado, não deixe de investir em inovação. Assim é possível se adaptar à nova realidade digital, aumentar suas vendas, melhorar a experiência do cliente e otimizar seus resultados. Além disso, é possível desburocratizar as operações com um custo baixo e que reduz as despesas do seu negócio.

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Luciana Silva

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