Entender a importância da gestão de insumos de obra é garantia de um serviço bem executado: respeitando o prazo determinado e, claro, a meta orçamentária da obra.
Para tanto, a palavra de ordem é organização. Apenas com ela é possível gerir os insumos utilizados, o que apresenta reflexos diretos sobre o andamento da obra e a execução dos serviços cotidianos.
Se você quer saber como efetivar essa gestão de insumos de obra, continue a leitura e conheça ótimas dicas. Vamos lá!
Em uma obra, tudo está interligado: o uso de material, o planejamento financeiro, a execução dos serviços diários, entre outros. No entanto, só é possível iniciar os trabalhos a partir dos chamados insumos, que nada mais são do que os materiais necessários.
Eles podem ser obtidos da natureza, como é o caso da água e da areia, bem como podem ser resultados de processos químicos industriais, gerando o cimento e a argamassa, por exemplo.
Cada um tem a sua importância e, dessa interação, é resultada uma obra de qualidade. Veja quais são os principais insumos.
Um dos mais importantes materiais de construção, o cimento é um pó fino que, a partir da mistura com a água, se torna uma massa que, depois, endurece. Quando a etapa de endurecimento é atingida, o cimento não se decompõe mais.
A partir do cimento é possível obter a argamassa e o concreto.
A argamassa é usada, principalmente, para revestimento de todos os tipos e para o levantamento de alvenarias. É uma massa homogênea e, em sua mistura, também há areia.
Obtida a partir do corte das árvores, a madeira é utilizada em diversas etapas da obra: sobretudo, como vigas e ripas para a estrutura do telhado. Já o MDF é um material industrial que se assemelha à madeira, muito utilizado para a confecção de móveis.
Importante peça para a montagem de estrutura e fundações, o aço é uma liga metálica composta, basicamente, por carbono e ferro. A sua vantagem é a alta resistência e o baixo custo, por isso é bastante utilizado em obras.
Os denominados aditivos têm a função de alterar as propriedades do produto utilizado, como o concreto ou a argamassa. Existem diversos aditivos e eles podem, por exemplo, alterar a impermeabilidade do material ou a fluidez da argamassa.
Como visto, são diversos os tipos de materiais utilizados em uma obra — a lista acima apenas elencou os insumos principais, o que significa que existe uma diversidade ainda maior.
Por isso, é imprescindível exercer um controle efetivo sobre o que é utilizado no cotidiano da construção. Confira 3 importantes motivos para iniciar ainda hoje a gestão de insumos de obra!
Controlar a compra de materiais é o primeiro passo para uma boa gestão de insumos. Isso porque, a partir dessa fiscalização é possível saber, em primeiro lugar, se o orçamento financeiro está sendo respeitado, se há necessidade de ampliar os gastos ou, ainda, se existe uma boa economia na obra.
Em um segundo momento, é possível saber se os operários estão gastando mais produtos do que realmente necessário, evitando (e muito!) o desperdício na obra.
Por fim, um controle da compra de materiais evita atrasos desnecessários: é inadmissível a obra parar por falta de insumos. Controle as compras e sempre deixe uma margem de segurança no estoque.
Também é essencial conhecer efetivamente o estoque, a partir do que entra e sai. Para auxiliar nessa etapa, conte com planilhas digitais ou aplicativos para celulares, que permitem o acesso a essas informações de qualquer lugar.
A partir do controle das compras e do conhecimento do estoque, passa a ser possível prever as necessidades mensais da construção e, consequentemente, a finalização da obra dentro dos limites financeiros e de tempo estabelecidos.
Se a falta de insumos prejudica o andamento da construção, contar com um estoque cheio ou, ao menos, com uma margem de segurança, evita atrasos desnecessários.
Dessa forma, os trabalhadores terão a sua produtividade aumentada a partir do devido fornecimento de insumos de forma diária. É uma cadeia totalmente interligada: a falta de um saco de cimento pode prejudicar o restante do dia em uma obra.
A organização também é imprescindível nessa etapa, respeitando as propriedades de cada material utilizado. Lembre-se que a gestão de insumos é usada, principalmente, para evitar desperdícios. Por isso, vale tomar muito cuidado no armazenamento dos insumos!
O cimento é comprado em sacos e, para que não estrague, é ideal que o seu armazenamento seja feito em um local fechado, sem umidade e sem contato direto com o solo. Isso porque, caso haja contato com a água, o saco deve ser descartado.
Uma boa ideia é utilizar os chamados paletes para o empilhamento dos sacos de cimento. Vale identificar o material com a data de chegada, para priorizar o uso dos produtos mais antigos, e cobrir as pilhas com lonas.
Muito utilizada, a sua presença se faz necessária em locais próximos aos canteiros de construção. No entanto, é ideal que a areia não fique exposta muito tempo ao vento, sol e chuva, evitando a umidade ou a contaminação com poeira.
Separe um espaço em local fechado e seco também para a areia, preferencialmente evitando o contato direto com o solo.
A madeira deve ser armazenada em pilhas a partir de seu comprimento: comece a base com os insumos mais compridos, diminuindo o tamanho ao chegar ao topo. Essa maneira de armazenar permite uma visão mais ampla dos materiais em estoque e evita que a madeira envergue.
Da mesma forma que os produtos anteriores, evite o contato direto com o solo. Utilize os paletes e empilhe a madeira de forma prática e segura.
Por ser composto por ferro, o aço pode corroer, o que resultaria em desperdício. Por isso, o cuidado para que esse material evite a umidade deve ser redobrado!
Procure um lugar seco e fechado e prefira estantes para o seu armazenamento. Separe por diâmetro, comprimento e propriedades mecânicas e evite o corte desnecessário do aço.
Os aditivos são vendidos já em latas ou recipientes plásticos, o que facilita o momento de armazená-los em estoque. Não há problema em permanecerem em contato direto ao solo, o que torna possível guardá-los com praticidade.
Identifique cada recipiente com a data de chegada e, claro, comece a utilização pelos produtos mais antigos. Dessa forma, o produto não estraga e o desperdício tende a zero.
O material restante de obras e construções é chamado de entulho. É um resíduo que merece atenção, tanto para não prejudicar o meio ambiente, como para evitar possíveis multas por descarte incorreto.
Por isso, o primeiro passo é identificar o material que pode ser reciclado, como embalagens de papel e papelão, vidro, plástico e metal. Esse material deve ser triturado e enviado para reciclagem simples, o que já diminui (e muito) o volume de descarte.
Os itens não recicláveis devem ser separados em grupos de resíduos, a partir das mesmas propriedades. A partir desse momento, é importante consultar a legislação vigente em cada cidade, para o devido encaminhamento desses insumos.
A Lei nº 12.305/2010 dita as normas federais para o descarte correto de resíduos sólidos.
A gestão de insumos foi implantada, os produtos estão sendo armazenados de forma correta e as obras estão em pleno vapor. Se você atingiu esse cenário, parabéns! Mas, saiba, que ele pode ficar ainda melhor. Veja, agora, como intensificar a qualidade da gestão de insumos de obra.
Como já mencionado neste post, utilizar aplicativos para celular ou planilhas digitais é o primeiro passo para modernizar a gestão de obras. Isso porque manter grandes cadernos e papel em excesso gera desorganização e possíveis prejuízos.
Conte com a tecnologia e mantenha todos os dados necessários em nuvem. Digitalize documentos importantes, crie pastas de notas fiscais e organize o estoque de forma online.
Contar com o capital humano também é imprescindível para uma boa gestão de insumos, principalmente em grandes obras. Monte equipes eficientes e com pessoas de confiança.
Aprenda a delegar e conceda responsabilidades aos operários que se mostrarem mais competentes. Além de desafogar a sua carga de trabalho, o bom trabalhador gosta de ser reconhecido em seu ambiente laboral.
Por fim, uma boa comunicação é a chave para qualquer tipo de relacionamento. No ambiente de trabalho, procure manter a firmeza, mas se mantendo disponível para críticas e sugestões.
Trate todas as pessoas com educação e cuidado e conte com um ambiente muito mais harmônico. Todos os envolvidos agradecem!
Efetivar uma boa gestão de insumos de obra é uma tarefa possível: arregace as mangas e coloque em prática as dicas deste artigo. Ao final, colha os frutos positivos de obras entregues no prazo e com balanço financeiro positivo. Bom trabalho!
Gostou das nossas dicas? Veja, agora, como reduzir o desperdício de material na construção civil e garanta ainda mais economia no bolso!
Quer continuar recebendo dicas para melhorar o desempenho das suas obras? Então, assine a nossa newsletter e receba tudo em primeira mão.
Obras de alto padrão são sinônimos de conforto, sofisticação e bom gosto, e possuem particularidades…
Fazer um bom planejamento antes de iniciar um projeto, seja ele uma construção ou reforma,…
O setor da construção civil está passando por uma transformação significativa impulsionada por avanços tecnológicos.…
Com tantas opções no mercado, não é difícil para um cliente insatisfeito buscar alternativas melhores.…
As NR’s da construção civil, ou normas regulamentadoras, são um conjunto de regras estabelecidas pelo…
A área de construção civil é uma das mais complexas do mercado, pois exige que…