A contabilidade na construção civil desempenha um papel vital para garantir eficiência, qualidade nos serviços e sustentabilidade financeira. Uma gestão contábil sólida permite cumprir obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias, além de maximizar a lucratividade.
Empresas do setor enfrentam desafios únicos, como formação de estoques, alocação de custos por obra e apuração de receitas. Para isso, é fundamental adotar práticas específicas, como o uso de centros de custo, planos de contas personalizados e ferramentas digitais, que otimizam processos e melhoram a tomada de decisão.
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A contabilidade é essencial para manter a saúde financeira das empresas da construção civil. Um fluxo de caixa bem gerido permite novos investimentos e maior estabilidade diante de crises. Já a falta de organização financeira pode levar à sobrecarga, dificultando a expansão, a contratação de mão de obra e a terceirização de serviços.
O setor apresenta características únicas, como apuração de receitas, gestão de custos e cálculo de lucratividade, que exigem atenção especializada. Além disso, o correto enquadramento tributário — seja MEI, Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real ou RET — é indispensável para aproveitar benefícios fiscais e evitar pagamentos indevidos.
Uma estrutura contábil robusta é a chave para crescer com eficiência e segurança.
A construção civil apresenta particularidades contábeis que exigem organização e atenção para garantir a sustentabilidade financeira e a conformidade com as exigências legais. Aqui estão as principais práticas que fazem a diferença na gestão contábil do setor:
O centro de custos permite segmentar as finanças de cada empreendimento, proporcionando maior controle e clareza sobre receitas e despesas. Essa prática é especialmente relevante para construtoras que gerenciam vários projetos simultaneamente, como edifícios residenciais, comerciais ou obras de infraestrutura.
Benefícios do centro de custos:
Por exemplo, uma empresa com quatro projetos simultâneos deve criar centros de custos individuais para cada obra e um adicional para despesas administrativas gerais da sede. Isso evita confusões financeiras e melhora a tomada de decisões.
O plano de contas organiza todas as movimentações financeiras da empresa de forma padronizada, segmentando receitas, despesas, ativos e passivos. No setor de construção civil, o plano de contas deve refletir as especificidades do negócio, como custos de obras, aquisição de terrenos, despesas administrativas e impostos.
Algumas características de um plano de contas bem elaborado:
Uma boa implementação requer a assessoria de um contador especializado no setor, garantindo conformidade e eficiência no controle financeiro.
Na construção civil, o conceito de estoque abrange não apenas materiais de obra, mas também imóveis em construção, prontos para venda e terrenos. A correta categorização e controle desses itens impactam diretamente os resultados financeiros e tributários da empresa.
Regras importantes para estoques na Construção Civil:
O controle detalhado dos estoques ajuda a prever demandas futuras, evita desperdícios e facilita o cumprimento das obrigações fiscais.
Embora planilhas orçamentárias sejam uma prática comum, a adoção de softwares especializados é uma tendência cada vez mais forte no setor. Essas ferramentas otimizam a gestão contábil, facilitando a administração de recursos e o acompanhamento em tempo real das obras.
Vantagens dos softwares de gestão:
Escolher o regime tributário correto é essencial para evitar o pagamento indevido de impostos e aproveitar benefícios fiscais. As opções para empresas do setor incluem:
A escolha do regime deve ser feita com base em uma análise detalhada do perfil da empresa, sendo recomendável o auxílio de um contador experiente.
A integração entre cronogramas de obras e a gestão financeira é uma prática essencial para evitar atrasos e estouros de orçamento. O acompanhamento constante dos custos em relação ao planejamento inicial garante maior previsibilidade e controle.
Outro passo importante sobre a contabilidade na construção civil, é compreender o que são ativos e passivos.
O nome dado aos bens e direitos de uma empresa e que ficam demonstrados no lado esquerdo do balanço patrimonial é ativo. Divididos entre circulantes, ou seja, se convertem facilmente em dinheiro, e os não circulantes ou imobilizados, aqueles que levam mais tempo. Na construção civil, podemos elencar os seguintes exemplos de ativos:
Por outro lado, temos a figura do passivo, posicionado no lado direito do balanço patrimonial. Ele diz respeito às obrigações da empresa, ou seja, valores que reduzem o patrimônio do empreendimento. O passivo também está dividido em circulante, que são as obrigações que devem ser pagas no curto prazo, e o passivo não circulante, que compreende as obrigações do negócio para o ano seguinte ou mais para frente. Por exemplo:
Quando falamos de passivo, temos ainda um terceiro grupo, o patrimônio líquido. Para chegar nesse valor, é necessário subtrair o passivo do ativo e encontrar o resultado. Mesmo quando o resultado é positivo, ele não deixa de ser uma obrigação. Portanto, ele continua sendo passivo.
O patrimônio líquido é a diferença entre os ativos e os passivos da empresa. Ele representa o valor que sobra para os sócios ou acionistas após o pagamento de todas as obrigações. Mesmo quando o patrimônio líquido é positivo, ele ainda pode ter obrigações associadas a ele, como investimentos futuros ou dívidas de longo prazo.
A seguir, falaremos mais sobre patrimônio líquido e lucros.
Na construção civil, lucro e lucratividade são conceitos distintos, embora muitas vezes usados de forma intercambiável no senso comum. Ambos são essenciais para a avaliação financeira de um projeto, mas seu cálculo e interpretação variam.
O lucro é a diferença entre as receitas obtidas e os custos totais da obra, considerando as despesas operacionais e os impostos. Em outras palavras, é o valor que sobra após o pagamento de todas as obrigações financeiras da empresa. O cálculo é simples:
Lucro = Receita Total – Custos Totais (Despesas + Impostos)
A lucratividade, por outro lado, é uma medida de eficiência que relaciona o lucro líquido com a receita obtida, expressando-se em termos percentuais. Ela indica o quanto a empresa consegue gerar de lucro em relação a cada unidade monetária de receita. O cálculo da lucratividade é feito da seguinte forma:
Lucratividade (%) = (Lucro Líquido / Receita Total) × 100
Este indicador é fundamental para entender a margem de ganho da empresa em cada projeto, considerando não apenas os custos diretos, mas também a eficiência na gestão de recursos e a rentabilidade das vendas.
Um dos índices amplamente utilizados na construção civil para estimar a lucratividade é o Valor Geral de Vendas (VGV). O VGV é o valor total potencial de vendas de um projeto imobiliário e fornece uma visão preliminar da viabilidade econômica do projeto. Ele pode ser calculado multiplicando o número de unidades (imóveis ou lotes) pelo valor de venda de cada uma delas. O VGV é útil por várias razões:
Entretanto, é importante lembrar que o VGV é apenas uma estimativa. O valor final de vendas pode ser afetado por variáveis externas, como negociações com clientes, flutuações econômicas ou crises financeiras, que podem influenciar o preço de venda.
Outro índice essencial na construção civil para calcular o preço final de venda e, consequentemente, o lucro, é o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas). O BDI representa um percentual que deve ser acrescido ao custo direto da obra para cobrir custos indiretos e gerar o lucro desejado. Esses custos indiretos podem incluir despesas administrativas, custos financeiros, impostos e margem de lucro.
O cálculo do BDI é realizado da seguinte maneira:
BDI = (Despesas Indiretas + Benefícios) / Custos Diretos
Esse índice é fundamental para garantir que todos os custos, diretos e indiretos, sejam cobertos e que o projeto gere a rentabilidade esperada. O BDI ajuda a definir o preço final de venda de cada unidade e a lucratividade do projeto como um todo.
Tecnologia em Realidade Virtual para uma contabilidade na construção civil mais transparente
A Banib usa a tecnologia de realidade virtual para otimizar o controle de todas as etapas da obra, oferecendo benefícios que se estendem também ao setor contábil, com ênfase na gestão de custos e progresso das obras. A plataforma permite total transparência, proporcionando vantagens como:
Essa integração tecnológica melhora o planejamento financeiro e a transparência, tornando o processo contábil mais assertivo e eficaz.
A tecnologia para acompanhamento e vistoria de obras é uma solução da Banib, uma startup que está no mercado desde 2017 e que busca por meio de experiências virtuais conectar pessoas a lugares.
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